Itajaí – Mais de 100 profissionais das áreas de educação, saúde e assistência social participaram nesta quarta-feira (29) do seminário de capacitação "Drogas Por Quê: Desafios para a Educação – Etapa Itajaí", promovido pela Fundação Milton Campos, de Brasília (DF).
Autoridades da cidade e do Estado prestigiaram a abertura no período da manhã, no auditório da Prefeitura de Itajaí. As atividades seguiram com o tema "drogas: conceitos, usos e abordagens". Já à tarde, a psicóloga, mestre da PUC/SP e palestrante Vera Das Ros, deu sequencia ao seminário trabalhando com o publico o uso de drogas por crianças e adolescentes: fatores de risco e de proteção e dados epidemiológicos e prevenção do uso indevido de drogas na escola: princípios, metodologia e estratégias.
A Presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública da Câmara de Vereadores de Itajaí, Susi Bellini, foi responsável pela inserção da cidade no roteiro do seminário, que em maio finaliza a primeira etapa do projeto atingindo 128 municípios brasileiros nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará e Minas Gerais. "Não podemos ficar parados diante da situação atual, acredito que medidas preventivas possam contribuir e mudar este histórico", falou Susi. "A meta é capacitar cerca de sete mil profissionais", acrescentou a Coordenadora do projeto Marise Carrijo.
A participante da capacitação, estudante do curso de serviço social, Mara Regina Faial, ficou surpresa com os dados apresentados no seminário, que mostram o alto consumo de álcool na região sul. "Não imaginei que álcool fosse mais consumido do que a maconha e o crack", disse a estudante. Já para a orientadora educacional, Giovana Conceição, que trabalha na área há 28 anos, a discussão sobre o tema é uma ferramenta para auxiliar no trabalho diário. "As drogas estão presentes nas escolas e o conteúdo exposto no seminário vai nos ajudar muito, as autoridades da mesa também contribuíram contando experiências da família e da sociedade", disse Giovana.
A palestrante Vera destacou que o álcool é a droga mais consumida no pais. Segundo o Deputado Estadual Ismael dos Santos, Presidente do Fórum de Combate as Drogas, em 2011 sete audiências sobre o tema foram realizadas no estado. "Hoje temos em Santa Catarina 700 mil dependentes químicos, 50 mil usuários de crack e 120 mil alunos de segundo grau que tiveram contato com drogas", informou Ismael.
"Nós entendemos que as ações de combate ao uso de drogas não pode ficar restrita ao Estado, é preciso que a sociedade com um todo se mobilize e participe" disse José Luciano Dias, representante da Fundação Milton Campos.
O Secretário Municipal de Segurança, Carlos Ely Castro, ressaltou que a responsabilidade de formar o caráter e a personalidade da criança é da família, e não do professor ou da instituição de ensino. "A família não tem o direito de transferir esta responsabilidade para o magistério", falou Castro.
A programação finalizou às 18 horas com a entrega dos certificados de participação e de um kit com cartazes, 03 Cartilhas para Educadores e 50 Cartilhas sobre Maconha, Cocaína e Inalantes, da série "Por Dentro do Assunto", produzidas em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD). O próximo seminário será realizado nesta sexta-feira, em Florianópolis.
Sobre FMC
A Fundação Milton Campos para Pesquisas e Estudos Políticos é uma entidade privada, sem fins lucrativos, com sede e foro na Capital da República. Tem como missão promover ao estudo e a reflexão crítica sobre a realidade brasileira e formar quadros para o exercício consciente da cidadania. Desenvolve estudos, pesquisas, debates, cursos e outros eventos e, mesmo vinculada legalmente ao Partido Progressista, dispõe de autonomia administrativa e financeira.
Projeto Campanha nas Escolas de Itajaí
A Vereadora Susi apresentou esta semana na Câmara de Vereadores de Itajaí um projeto que propõe que as escolas da rede pública e privada efetuem campanhas antidrogas, envolvendo alunos, professores e comunidade, como também a policia militar e civil, corpo de bombeiros, conselho tutelar, profissionais da saúde e educação e promotoria pública.
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