sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Susi Bellini prestigiando reunião do Conselho Estadual da Mulher Empresária, em Itapema


Grupo de Itajaí visita penitenciária considerada modelo no Estado


Itajaí – “Após esta visita sentimos que é possível fazer diferente e que existe reintegração atrás das grades” diz a Vereadora Susi Bellini, que acompanhou na tarde desta quinta-feira, dia 17, a visita a Penitenciária Industrial Jucemar Cesconetto, na cidade de Joinville, organizada pela Associação Empresarial de Itajaí. A vistoria às instalações foi guiada pelo Diretor da Penitenciária, Richard Harrison Chagas dos Santos.

A penitenciária foi inaugurada em julho de 2005 e em quatro anos de funcionamento não há registro de fuga, conta o Diretor orgulhoso. “Nós apostamos na reintegração, vocês vão poder conferir porque temos o menor índice de reincidentes”, fala Richard ao atento grupo.

A capacidade da Penitenciária é para 366 aprisionados, atualmente 365 estão cumprindo pena, tendo ainda uma vaga disponível. Passando pelos limpos corredores é possível encontrar consultório odontológico equipado com doação de empresários da cidade e recursos da penitenciária, enfermaria, consultório médico, biblioteca, sala de estudos, quarto para visitas íntimas com banheiro, cama e rádio; pátio para visitas com atividades esportivas e salas aonde acontecem cursos profissionalizantes.

Além destes diferenciais, o prédio ainda abriga setores industriais em parceria com empresas da região, aonde quem desenvolve o trabalho é o aprisionado, sendo panificadora com produção de 2 milhões de pães por mês, oficina, confecção de parafusos e acabamento em peças utilizadas em máquinas de lavar roupa. Atualmente 150 presos desenvolvem estas atividades, sendo selecionados por uma comissão técnica de avaliação. Este número pode variar dependendo da demanda de serviço.

Pelo trabalho cada detento recebe um salário mínimo, sendo que 25% deste recurso é repassado para investimentos na Penitenciária. Os 75% são enviados à família ou advogado através de autorização de repasse de recurso, assinado pelo preso.

A jornada de trabalho é de 6 horas, assim os aprisionados podem estudar também. “Um já passou no vestibular e cinco estão fazendo curso técnico fora da unidade, o restante estuda aqui mesmo”, explicou o Diretor. E para incentivar o estudo, um documento agora determina que somente poderá desenvolver trabalho remunerado quem estiver estudando.

A Penitenciária é do Estado, mas todos os serviços são terceirizados, ficando o governo com a co-gestão. Toda esta gerencia diferenciada reduz o número de reincidentes para 17%, enquanto a média do Estado chega a 80%, segundo o diretor. “Nosso objetivo é a recuperação do aprisionado”, relata Richard. Cada preso custa mensalmente para a unidade R$ 2.112,00.

Outro diferencial da unidade é a chegada de dois cães da raça labrador, que estão em treinamento para fazer busca por droga em toda penitenciária.
Mais de 20 pessoas foram conferir de perto a estrutura prisional de Joinville, sendo empresários, representantes da OAB, Conselho da Comunidade, Prefeitura Municipal, 3ª Vara Criminal, Polícia Militar e Câmara de Vereadores.

A Câmara Municipal foi representada pelos Vereadores Susi Bellini (PP) e Laudelino Lamim (PMDB). Como integrantes também da Comissão de Acompanhamento das Obras do Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, os parlamentares pretendem após esta visita sugerir mudanças na unidade prisional que está em construção no município. “Já conversamos com o Presidente da ACII, Marco Aurélio, e juntos acreditamos que conseguiremos fazer modificações na obra que possam resultar em redução no número de reincidentes, conforme podemos verificar in loco em Joinville”, fala entusiasmada a Vereadora.