terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Viveiro de Itajaí deve alcançar em breve 150 mil mudas plantadas e distribuídas
Itajaí – “Estamos hoje com o registro de 141 mil espécies plantadas e distribuídas desde a criação do viveiro em junho de 2006. Nossa meta é atingir 150 mil até o sesquicentenário de Itajaí, em junho”, fala com brilho no olhar e entusiasmo o Coordenador do Viveiro Fazenda Nativa Alex Rocha. A Vereadora Susi Bellini (PP) aproveitou o período de recesso no Legislativo para fazer algumas visitas, e incluiu no roteiro o Projeto Itajaí mais Verde, executado pelo Viveiro através da parceria com a Famai e Associação de Moradores do Bairro Fazenda.
Susi conheceu todo o processo do viveiro e acompanhou a rotina dos funcionários. A estufa do local tem capacidade para 50 mil mudas simultâneas e no período da tarde o canteiro se transforma numa extensão das escolas, aonde alunos aprendem na prática a se tornarem cidadãos conscientes. “Como atividade de contra turno escolar temos o Projeto Opa – Orientação e Prática Ambiental, aqui os alunos ajudam a manter o viveiro e aprendem além da prática a teoria”, conta Alex.
A novidade é a construção já iniciada de uma casa na árvore, aonde será instalado um termômetro para medir a alteração da mudança de temperatura. O comparativo será através de outro equipamento instalado na entrada do viveiro, aonde não há árvores. “Aqui as crianças e demais visitantes poderão comprovar que as árvores ajudam a manter o ambiente mais fresco, com temperatura amena”, explica o coordenador. Para concluir o projeto Alex aguarda a doação de madeiras.
As mudas produzidas no viveiro são desenvolvidas através de sementes coletadas na região. “Não temos custos com sementes, garimpamos os bairros e cidades vizinhas em busca de espécies nativas e fazemos a coleta”, diz Alex.
Quando a muda atinge a fase de plantio, é encaminhada para doação. As pessoas interessadas podem retirar as plantas gratuitamente no viveiro em horário comercial, sendo a quantia máxima de cinco por pessoa. Moradores que possuem sítio ou empresários que tenham interesse em manter área de preservação podem retirar quantia maior, após análise dos técnicos. “Fiquei encantada com o trabalho desenvolvido no viveiro, o projeto cumpre o objetivo de incentivar e promover a arborização residencial na área urbana e rural do município”, avalia a Vereadora.
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Cadeias de SC - Diário Catarinense
19 de janeiro de 2010 | 19 dias... 20 fugas
Número de fugitivos cresce no Estado por conta da estrutura precária e da falta de profissionais nos presídios, penitenciárias e delegacias
Superlotação, prédios velhos, falta de agentes prisionais, displicência, desvio de função, descumprimento de ordem superior e até disputa política estão por trás das fugas de presos em Santa Catarina. Vinte escaparam desde o início do ano, o que deixa o Estado com a média de mais de um fugitivo ao dia em 2010. O governo prometeu reagir, colocando no sistema prisional 338 novos servidores em até 60 dias.
A facilidade para fugir e a fragilidade dos espaços em que estão os detentos ficou evidente mais uma vez na madrugada de ontem, na Delegacia da Polícia Civil em Palhoça, na Grande Florianópolis, de onde sete criminosos escaparam após cavar um buraco e estourar a porta de uma sala (leia mais na página ao lado).
No Estado, uma portaria editada no dia 4 de maio do ano passado pelo secretário da Segurança Pública, Ronaldo Benedet, proíbe a manutenção de presos em delegacias. A exceção vale apenas para os detidos em flagrante e enquanto durar o procedimento policial.
Estado pretende abrir 388 vagas
Mas a determinação é descumprida. Só em DPs da Grande Florianópolis havia ontem 82 encarcerados porque os presídios e penitenciárias estão superlotados. Juntas, essas unidades têm 8 mil vagas, mas abrigam 12,9 mil presos.
– Estamos tentando cumprir (a portaria). Mas não tem vaga na hora de entregar o preso. É preferível mantê-lo na delegacia do que soltá-lo. Só que delegacia não é local para ter preso. O sistema prisional precisa de planejamento e projeto para criar vagas – disse o delegado-geral da Polícia Civil em Santa Catarina, Maurício Eskudlark.
Nas contas do delegado, as delegacias do Estado abrigam 600 presos.
Para o advogado Francisco Ferreira, da Comissão de Assuntos Prisionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC), o ritmo das fugas em 2010 é preocupante.
– Se fugiu fica por isso mesmo. Não temos notícia de alguém punido – lamenta o advogado.
O secretário-interino da Justiça e Cidadania, Nilson Júlio da Silva, admite que a situação dos presos em delegacias é problemática. Até o fim do semestre, ele espera melhorar essa condição com a contratação de 338 novos servidores, a abertura de 216 vagas para presos no Litoral Norte (Itapema, Barra Velha e São Francisco do Sul) e 172 no Presídio de Joinville. Dos futuros agentes, 175 serão nomeados para Joinville. O restante será para a Grande Florianópolis e Litoral Norte.
Apesar do déficit de 5 mil vagas para detentos e de 600 para agentes prisionais, o secretário é otimista sobre 2010. Para Silva, um dos motivos é a implantação do plano de cargos e salários, que na avaliação dele vai melhorar a satisfação dos servidores. Mas o quadro nas delegacias dificilmente será amenizado de forma imediata. A construção da Central de Triagem da Grande Florianópolis, que desativará o cadeião no Bairro Estreito, sequer começou. O secretário disse que a meta agora é entregá-la até setembro.
As constantes fugas não são realidade apenas em Santa Catarina. No Paraná, desde o começo do ano, 64 presos fugiram. Estavam detidos irregularmente em delegacias de polícia do interior.
O Deap não tinha ontem levantamento oficial das fugas deste ano. O DC apurou que foram pelo menos 20 desde o dia 1º de janeiro.
diario.com.br
Número de fugitivos cresce no Estado por conta da estrutura precária e da falta de profissionais nos presídios, penitenciárias e delegacias
Superlotação, prédios velhos, falta de agentes prisionais, displicência, desvio de função, descumprimento de ordem superior e até disputa política estão por trás das fugas de presos em Santa Catarina. Vinte escaparam desde o início do ano, o que deixa o Estado com a média de mais de um fugitivo ao dia em 2010. O governo prometeu reagir, colocando no sistema prisional 338 novos servidores em até 60 dias.
A facilidade para fugir e a fragilidade dos espaços em que estão os detentos ficou evidente mais uma vez na madrugada de ontem, na Delegacia da Polícia Civil em Palhoça, na Grande Florianópolis, de onde sete criminosos escaparam após cavar um buraco e estourar a porta de uma sala (leia mais na página ao lado).
No Estado, uma portaria editada no dia 4 de maio do ano passado pelo secretário da Segurança Pública, Ronaldo Benedet, proíbe a manutenção de presos em delegacias. A exceção vale apenas para os detidos em flagrante e enquanto durar o procedimento policial.
Estado pretende abrir 388 vagas
Mas a determinação é descumprida. Só em DPs da Grande Florianópolis havia ontem 82 encarcerados porque os presídios e penitenciárias estão superlotados. Juntas, essas unidades têm 8 mil vagas, mas abrigam 12,9 mil presos.
– Estamos tentando cumprir (a portaria). Mas não tem vaga na hora de entregar o preso. É preferível mantê-lo na delegacia do que soltá-lo. Só que delegacia não é local para ter preso. O sistema prisional precisa de planejamento e projeto para criar vagas – disse o delegado-geral da Polícia Civil em Santa Catarina, Maurício Eskudlark.
Nas contas do delegado, as delegacias do Estado abrigam 600 presos.
Para o advogado Francisco Ferreira, da Comissão de Assuntos Prisionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC), o ritmo das fugas em 2010 é preocupante.
– Se fugiu fica por isso mesmo. Não temos notícia de alguém punido – lamenta o advogado.
O secretário-interino da Justiça e Cidadania, Nilson Júlio da Silva, admite que a situação dos presos em delegacias é problemática. Até o fim do semestre, ele espera melhorar essa condição com a contratação de 338 novos servidores, a abertura de 216 vagas para presos no Litoral Norte (Itapema, Barra Velha e São Francisco do Sul) e 172 no Presídio de Joinville. Dos futuros agentes, 175 serão nomeados para Joinville. O restante será para a Grande Florianópolis e Litoral Norte.
Apesar do déficit de 5 mil vagas para detentos e de 600 para agentes prisionais, o secretário é otimista sobre 2010. Para Silva, um dos motivos é a implantação do plano de cargos e salários, que na avaliação dele vai melhorar a satisfação dos servidores. Mas o quadro nas delegacias dificilmente será amenizado de forma imediata. A construção da Central de Triagem da Grande Florianópolis, que desativará o cadeião no Bairro Estreito, sequer começou. O secretário disse que a meta agora é entregá-la até setembro.
As constantes fugas não são realidade apenas em Santa Catarina. No Paraná, desde o começo do ano, 64 presos fugiram. Estavam detidos irregularmente em delegacias de polícia do interior.
O Deap não tinha ontem levantamento oficial das fugas deste ano. O DC apurou que foram pelo menos 20 desde o dia 1º de janeiro.
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