quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Itajaí passa Florianópolis no estudo do PIB Cidades
Levantamento do IBGE tem como referência 2007 e não considera crise nem enchentes
Alícia Alão | alicia.alao@diario.com.br
Com crescimento de 23% nas exportações em relação ao ano anterior, Itajaí foi a grande novidade da lista dos 50 municípios com maior economia no Brasil.
É o que revela o levantamento do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todas as riquezas — dos municípios, divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira.
Os dados oficiais do PIB estão sempre dois anos defasados — neste caso, referem-se a 2007. Ou seja, são anteriores a dois eventos significativos: a crise mundial, que derrubou as exportações, e as enchentes de novembro de 2008, que destruíram parte do Porto de Itajaí. Ainda hoje, o terminal opera com 50% da capacidade.
Para o professor de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fernando Seabra, Itajaí é um centro importante não só pelo porto, mas também pelas empresas comerciais de exportação, o que explica o fato de o PIB do município ter praticamente dobrado entre 2003 e 2007.
O professor projeta a volta de Florianópolis à condição de segundo maior gerador de riqueza do Estado em função do desempenho desfavorável das exportações catarinenses, que cresceram 12% em 2008 e devem fechar 2009 com queda de 24%.
Segundo o IBGE, Florianópolis é a única capital brasileira que não tem o maior PIB no seu Estado, porque a economia local está baseada da administração pública e no setor de serviços, como explica o gerente de estatística da Secretaria de Estado de Planejamento, Cláudio Mendonça.
No Brasil, aliás, a administração pública responde por mais de um terço da economia em quase 34% dos municípios.
No ranking das cidades com as cem maiores economias do país, Santa Catarina emplacou cinco representantes: Joinville (31º), Itajaí (45º), Florianópolis (50º), Blumenau (56º) e Jaraguá do Sul (92º).
Índices podem gerar confusão
Em relação ao PIB per capita (riqueza dividida pelo número de habitantes), São Francisco do Sul aparece em primeiro lugar em Santa Catarina. Além do porto, tem unidade da Bunge Alimentos, uma central de distribuição da Petrobras e uma unidade da SMS Demag, uma fábrica de máquinas e equipamentos.
Mas PIB per capita é diferente de renda per capita, lembrou Mendonça:
— O PIB per capita reflete o que cada cidadão teria direito dentre as riquezas geradas, mas isso não acontece na prática. Já a renda per capita é a soma dos rendimentos de cada um dividido pelos habitantes da cidade.
Fonte: www.clicrbs.com.br
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